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Gastronomia que transforma: o papel do Instituto Maniva

O Instituto Maniva transforma a gastronomia em ferramenta de educação, sustentabilidade e justiça alimentar por meio de ações culturais e sociais.

Conectando saberes e sabores

Fundado pela chef carioca Teresa Corção, o Instituto Maniva surgiu em 2003 com um objetivo claro: promover a alimentação consciente e valorizar os saberes alimentares tradicionais brasileiros. Desde então, a organização se consolidou como uma referência na gastronomia sustentável, atuando na interseção entre educação, cultura e meio ambiente.

Inspirado na mandioca — símbolo de resistência e base alimentar ancestral no Brasil —, o nome “Maniva” carrega em si a essência da proposta do instituto: raízes profundas, diversidade cultural e respeito à natureza. Por meio de ações educativas, oficinas e articulação em rede, o Instituto Maniva busca devolver protagonismo aos pequenos produtores e aproximar o consumidor urbano das origens do que consome.

Ecochefs: cozinhar com consciência

Um dos projetos mais reconhecidos do Maniva é a rede de Ecochefs, formada por profissionais da gastronomia que adotam práticas agroecológicas e éticas em seus processos de trabalho. Esses chefs priorizam ingredientes locais, respeitam a sazonalidade dos alimentos e mantêm um compromisso direto com produtores familiares e comunidades tradicionais.

O movimento dos Ecochefs extrapola os limites da cozinha. Ao escolherem insumos produzidos de forma sustentável e estabelecerem relações diretas com agricultores, eles desafiam o modelo industrial de alimentação. Ao mesmo tempo, educam o público sobre a importância dessas escolhas, influenciando hábitos de consumo e promovendo um sistema alimentar mais justo.

Educação pela tapioca

Entre as ações mais simbólicas do Instituto Maniva estão as Oficinas de Tapioca. Muito além de ensinar o preparo dessa iguaria nordestina, o projeto resgata narrativas indígenas e afro-brasileiras associadas ao alimento e transforma o ato de cozinhar em experiência pedagógica.

As oficinas são realizadas em escolas, eventos culturais e espaços públicos, com um formato lúdico e interativo que atrai crianças e adultos. Em cada atividade, a tapioca se torna veículo de memória, identidade e aprendizado sobre biodiversidade, agricultura familiar e autonomia alimentar.

Um elo com a missão da SEGi

A trajetória do Instituto Maniva dialoga diretamente com os princípios da SEGi. Desde sua origem como cursos livres no Rio de Janeiro, a instituição apostou na gastronomia como ferramenta de inclusão social e geração de renda. Hoje, como UniSEGi, fortalece esse compromisso por meio de parcerias com iniciativas que enxergam na comida não apenas uma profissão, mas um instrumento de transformação cultural.

Ao aproximar o saber acadêmico da realidade dos territórios e das cozinhas populares, a SEGi e o Instituto Maniva compartilham o mesmo ideal: tornar o alimento uma ponte entre conhecimento, cuidado e cidadania.

Cuidar da terra, cuidar das pessoas

O Instituto Maniva ensina que gastronomia é mais do que técnica — é ética, afeto e responsabilidade. Seus projetos mostram que ao valorizar ingredientes nativos, respeitar o trabalho do agricultor e reconhecer a sabedoria popular, estamos construindo um futuro alimentar mais saudável e inclusivo.

Com uma atuação inspiradora, o Maniva planta sementes de consciência e colhe transformação. Para quem acredita na força da educação e da comida, ele é um exemplo vivo de como podemos — e devemos — mudar o mundo pelo prato.


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